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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ministra Luiza Bairros faz exonerações.

Brasília – Na tentativa de se fortalecer politicamente e sobreviver no cargo na reforma ministerial anunciada pela Presidente Dilma Rousseff, e que entra esta semana numa fase decisiva, a ministra da Igualdade Racial, Luíza Bairros (foto), pediu ontem a exoneração da Secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais (SECOMT), Ivonete Carvalho, que está em férias. O pedido de exoneração saiu do gabinete da SEPPIR para a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil da Presidência da República.
Ivonete, que é liderança do Movimento Negro gaúcho, e que também fez parte da gestão dos antecessores de Bairros – os ex-ministros Edson Santos e Elói Ferreira de Araújo – ainda não tinha conhecimento da decisão, embora desde dezembro corressem rumores de sua iminente exoneração.
Também circulam informações na Esplanada a respeito da exoneração iminente da Secretária de Políticas de Ações Afirmativas (SPAA), Anhamona de Brito, cujas férias estão agendadas para começar nesta quinta-feira (02/02).
Em resposta a pedido de entrevista feito por Afropress a Secretária Anhamona negou que tenha sido exonerada (segundo informações que circularam em Brasília sua saída teria sido comunicada por telefone), porém, admitiu que, desde outubro informou a ministra Luiza Bairros o desejo de não permanecer na SEPPIR “por razões estritamente pessoais”.
“Em outubro fiz a entrega do cargo a ministra por questões de ordem pessoal. Já tinha feito uma programação de férias para fevereiro. Em dezembro voltei a pedir prá sair e coloquei novamente o cargo à disposição. Como externei para a ministra, as razões do por que não pretendo continuar na SEPPIR são de ordem pessoal”, repetiu.
Tranquila
A Secretária de Ações Afirmativas ainda está trabalhando normalmente nesta quinta-feira (02/02) tem embarque marcado à noite para Salvador, e não quis comentar o que pode acontecer com o seu cargo, no período de férias. Garantiu, contudo, que se mantém em posição de absoluta tranqüilidade e que a ministra deve se sentir à vontade para tomar qualquer decisão. “Trata-se de um cargo de confiança, um cargo de livre nomeação”, afirmou.
Anhamona, que embora tenha perfil técnico é um quadro político do PT da Bahia, tendo tido atuação destacada nos processos eleitorais do Partido, inclusive, na assessoria da campanha do governador Jaques Wagner, desmentiu que a sua saída tenha a ver com a execução orçamentária no ano passado da Secretaria que dirige. “Nós não fizemos nenhuma discussão interna na SEPPIR acerca da execução orçamentária e é preciso considerar que o ano de 2011 foi extremamente atípico no modo de execução orçamentária em todos os órgãos de Governo”, afirmou.
Mudanças
A exoneração da Secretaria de Comunidades Tradicionais, Ivonete Carvalho, que é vista como pessoa próxima ao senador Paulo Paim (PT/RS) – o nome sugerido pelo ex-presidente Lula à Presidente Dilma Rousseff para a Igualdade Racial -, e a eventual saída da Secretária Anhamona de Brito, é encarada por analistas como uma tentativa desesperada da ministra Luiza Bairros e do núcleo que a apóia, de se manter no cargo.
A saída de ocupantes de cargos de segundo escalação na SEPPIR, segundo esses mesmos analistas, cumpriria dois objetivos: repassar a responsabilidade pela gestão considerada “apagada” na Esplanada; e abrir espaço para composição com forças políticas que se queixam da postura da ministra, considerada avessa ao diálogo por setores expressivos do seu próprio Partido, inclusive da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).
Um outro analista, com trânsito na Casa Civil, porém, ouvido por Afropress com a condição de não ter seu nome divulgado, lembrou um detalhe que pode resultar em fracasso na estratégia da ministra: quem decide pela exoneração não é Luiza Bairros, mas a Casa Civil. “A decisão de exonerar não é da ministra, ela apenas pode pedir, mas a Casa Civil pode considerar que não é o caso, em se tratando de alguém que não está precisamente numa posição de força para comandar exonerações. A estratégia, pode, inclusive, ter efeito contrário: o de apressar a saída de todos, a começar pela titular”, finalizou.

Fonte: Revista Africa

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