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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tratamento da anemia falciforme deve ser compromisso do Estado, aponta Seminário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entende que é preciso consolidar o Programa Nacional de Saúde da População Negra. A mensagem foi transmitida pelo ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, aos presentes à solenidade de abertura do V Simpósio de Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, realizado no último domingo (4/10) em Belo Horizonte (MG).
Edson Santos lembrou que o projeto de lei do Estatuto da Igualdade Racial, em tramitação no Congresso, faz referência direta à garantia de diagnóstico precoce e assistência às pessoas com doença falciforme. “Isso significa que as conquistas já asseguradas na Política Nacional de Atenção Integral às pessoas com Doença Falciforme não serão prioridade apenas deste governo mas, sim, um compromisso de Estado”, advertiu.
O ministro saudou a participação dos movimentos sociais, como os militantes da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), que até o dia 7 de outubro terão a oportunidade de compartilhar informações com profissionais da saúde de todo o país e pesquisadores de mais de 20 nações africanas, dentre os quais o pediatra Kwaku-Ohene Frempong, presidente da Fundação de Doença Falciforme de Gana, uma das referências mundiais no assunto. Minas Gerais foi escolhida para sediar o simpósio por desenvolver trabalho pioneiro, atualmente considerado modelo internacional.

“Que daqui saiam ideias e sugestões que vão nos alimentar enquanto gestores públicos”, disse o ministro. Estão em debate neste simpósio, de caráter multidiscplinar, práticas inovadoras no campo assistencial, clínico e científico do tratamento da doença, incluindo os recentes progressos com a terapia celular.
Um dos momentos mais emocionantes da abertura do simpósio foi o pronunciamento da pediatra Joice Aragão de Jesus, representante do Ministério da Saúde e reconhecida pela liderança no esforço coletivo para se discutir a doença falciforme – que segundo a médica atinge uma em cada mil crianças brasileiras.
Ela lembrou que a doença era considerada rara até que os programas de triagem neonatal indicaram se tratar da enfermidade genética mais comum no país, com prevalência sobre a população negra. “A questão da doença falciforme foi uma das bandeiras do movimento negro, gritada em 1995 na Marcha Zumbi. Chegar a esse momento que vivemos hoje, em que já há uma rede nacional, era algo impensável há alguns anos”, afirmou a médica, lembrando que no Sistema Único de Saúde ainda existem grandes desafios, como a adoção da triagem neonatal em todos os estados brasileiros.

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